domingo, 28 de fevereiro de 2016


“Redenção” é ainda hoje a novela mais longa da história da televisão brasileira. Esteve no ar pela Rede Excelsior, em todo país, de 16 de maio de 1966 a 02 de maio de 1968. A novela era patrocinada pela Gessy Lever.
“Redenção” teve autoria de Raimundo Lopes, direção de Waldemar de Moraes, direção de TV de Reynaldo Boury, cenografia de Luiz Marinho (criador da cidade cenográfica) e iluminação de José Pelégio.

Esteve no ar por 24 meses e 16 dias, num total de 596 capítulos.

- Enredo
Fernando Silveira (Francisco Cuoco), um jovem médico, chega à cidade de Redenção e desperta paixão em três moças: Lola (Márcia Real); a malvada Marisa (Lourdes Rocha), filha do prefeito Juvenal (Rodolfo Mayer); e a filha do sapateiro Carlo (Vicente Leporace), Ângela (Miriam Mehler), com quem se casa. Paira uma dúvida: será Fernando mesmo um médico? Depois, com a morte de Ângela, ele passa a conviver com as armações de Marisa.


- Elenco
- Francisco Cuoco – Dr. Fernando Silveira
- Miriam Mehler – Ângela
- Lourdes Rocha – Marisa
- Márcia Real – Lola
- Rodolfo Mayer – Juvenal
- Lélia Abramo – Carmela
- Vicente Leporace – Carlo
- Maria Aparecida Baxter – Dona Marocas
- Armando Bógus – Eduardo
- Edmundo Lopes – Padre João
- Mário Guimarães – Seu Onofre
- Procópio Ferreira
- Geórgia Gomide – Helena
- Newton Prado – Mário
- Fernando Baleroni – Mateus
- Wilma de Aguiar – Dona Zilda
- Lurdinha Félix – Marta
- Turíbio Ruiz
- Flora Geny – Silvia
- Rita Cléos – Diana
- Edson França
- Aldo César – Ananias
- Sílvio Francisco – Matraca
- Theo De Faria
- Maria Cecília – Hortência
- Zéluis Pinho – Manoel
- Verinha Darcy – Glória
- Jovelthy Archângelo – Sérgio
- Márcio Trunkl
- Vera Nunes
- Fernanda Montenegro – Lisa


- Curiosidades
- Redenção mantém ainda hoje, quarenta anos depois, o recorde de novela no ar por mais tempo na televisão brasileira. Foram vinte e quatro meses e dezessete dias, perfazendo 596 capítulos. Há produções que ultrapassaram esse número, como Chiquititas e Malhação, mas não no formato tradicional, ininterrupto, já que as temporadas trocavam os elencos e os enredos, não havendo uma continuidade da trama, caso de Redenção.
- Marcou definitivamente o ator Francisco Cuoco na pele do galã que arrebata o coração das mocinhas mas que pode ter um caráter dúbio, e a aura o acompanharia em trabalhos posteriores.
- Foi em Redenção que se deu o primeiro transplante de coração no Brasil! Dona Marocas morreria na passagem para a segunda fase da novela mas, temendo uma queda na audiência, já que a fofoqueira era uma das mais populares personagens, a direção da emissora resolveu que ela não poderia morrer. Assim, o Dr. Fernando transplanta um coração novo e ela sobrevive.
- Redenção teve a primeira cidade cenográfica da teledramaturgia brasileira. No município de São Bernardo do Campo, na área onde hoje fica a Cidade da Criança, a TV Excelsior reproduziu uma cidadezinha do interior.
- Theo De Faria participou do elenco de apoio em Redenção.
- Na novela “Redenção”, Mário Guimarães interpretou seu maior sucesso, o “Seu Onofre” da estação ferroviária. No final da novela, o ator recebeu o título de Chefe Honorário da Estrada de Ferro Sorocabana.
- “Redenção” hoje vai além da novela e da cidade cenográfica. Ela influenciou na criação de uma festa popular de nosso país: a “Festa das Marocas” (ou “Festa de Redenção”), no Estado de Pernambuco. Foi criada em junho de 1970, por três senhoras: Maria José Lima, Zélia Franklin e Conceição Augusta, moradoras da Rua João Pessoa em Belo Jardim (PE). Épocas de festas juninas resolveram improvisar um forró na rua e o batizaram de “Forró em Redenção” – inspiradas na novela ‘Redenção’, que retratava uma cidade do interior, com personagens ‘mexeriqueiras’, falando da vida alheia. Por esse motivo também é conhecida como “Festa das Marocas”. A rua se assemelhava ao cenário utilizado na novela, servindo de passarela para as “Marocas”, apelido carinhoso atribuído às fofoqueiras de plantão. Hoje a festa reúne um público de mais de 150.000 pessoas a cada ano. Atualmente a festa é considerada Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Pernambuco.
- Na década de 60 as redes nacionais não eram via satélite e por conta disso, os programas eram gravados e distribuídos pelas emissoras de todo país por meio de fitas de vídeo-tape. Isso fazia com que nem sempre as emissoras exibissem as cópias da fita original no mesmo horário. Veja só como eram curiosos os horários em que o Brasil assistia à “Redenção” pela Rede Excelsior:


  • TV Excelsior – canal 9 – São Paulo, SP – segunda a sábado, 19h
  • TV Excelsior – canal 2 – Rio de Janeiro, RJ – segunda a sábado, 21h
  • TV Jornal do Commércio – canal 2 – segunda à sexta, às 18h25, sábados, 18h
  • TV Gaúcha (futura RBS) – canal 12 – Porto Alegre, RS – segunda a sábado, 18h40
  • TV Anhanguera – canal 2 – Goiânia, GO – segunda a sábado, 18h30.

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