Foi a primeira emissora de TV no país que não pertencia ao grupo dos Diários Associados, comandados por Assis Chateaubriand. Criada pelo deputado federal Oswaldo Ortiz Monteiro, que em 1955 repassou o controle da estação às Organizações Victor Costa.
História
Era a menor televisão de São Paulo: sua sede era apenas um pequeno apartamento do Edifício Liège, na Rua da Consolação, nº 2570, e os estúdios eram montados na garagem e num espaço para uma loja no térreo do mesmo prédio. A cozinha era o laboratório de revelação e a redação dos textos e do telejornal eram feitos na sala. Tudo no maior improviso. Pouco depois, transferiu-se para a rua das Palmeiras, no bairro de Santa Cecília.Mesmo assim, foi capaz de apresentar uma programação de qualidade, batendo várias vezes a TV Record e ficando ao lado da então líder TV Tupi.
Importantes nomes da televisão brasileira passaram por ela, tais como Hebe Camargo e Silvio Santos. De 1959 a 1961 teve como diretor artístico Mario Brasini que escreveu e dirigiu a telenovela "Laura" e os programas: "A alma das coisas", "Estampas Eucalol", "Teledrama 3 Leões", "Boa noite, Carmela", entre outros. Foi também na TV Paulista que Sílvio Santos se lançou como apresentador, com o programa Vamos Brincar de Forca.
ProgramasRoberto Côrte Real apresenta Mappin Movietone na TV PaulistaPrograma Zas-Trás, 1970 - Márcia foi apresentadora de programa infantil da TV Paulista
Entretenimento
- Teatro Nicete Bruno
- Teledrama
- Circo do Arrelia
- Teatro de Alumínio
- Teatro Cacilda Becker
- Bate-Papo com Silveira Sampaio [2]
- Inácio Brinquinho
- Recruta 23 (de Manoel de Nóbrega)
- Teledrama 3 Leões
- O Mundo é das Mulheres (com Yara Lins, Riva Blanche e Hebe Camargo)
- A Praça da Alegria
- Boa Noite, Carmela
- A Alma das Coisas
- Dom Pasquale
- Vamos Brincar de Forca (com Silvio Santos)
- Intimidade
- Cantando com Petrônio (com Francisco Petrônio)
- Zás Trás
Telenovelas
- 1952: Helena, Senhora, Diva, Casa de Pensão e Iaiá Garcia
- 1953: O Morro dos Ventos Uivantes (com Maurício Shermann)
- 1954: Peter Pan
- 1956: Neli, Meu Filho, meu Orgulho e Luz da Esperança
- 1957: Na Noite do Passado e Minha Pequena Lady (com Dionísio Azevedo)
- 1958: A Grande Mentira, Presença de Anita e David Copperfield
- 1959: Minha Devoção, Hino ao Amor, Os Irmãos Dombey e O Guarani
- 1960: Oliver Twist, Helena e Laura
- 1961: Mateus Falcone, A Herdeira de Ferleac, As Grandes Esperanças, O Ébrio, Francisca e A Fugitiva
- 1962: Zogbi, A Pequena Lady, A Encruzilhada e Colégio de Brotos
- 1963: O Velho Scrooge, O Tronco do Ipê, A Loja de Antiguidades, Branca de Neve e os Sete Anões e As Quatro Irmãs
- 1964: Romance de Bernadete, Tortura d'Alma, Eu Amo Esse Homem e Um Ramo de Rosas
- 1965: A Sombra do Passado, Chamas que Não se Apagam, Cadeia de Cristal, Ilusões Perdidas, Marina, Paixão de Outono, O Ébrio e Pecado de Mulher
- 1966: Padre Tião, Um Rosto de Mulher, O Rei dos Ciganos, Eu Compro esta Mulher e O Sheik de Agadir
- 1967: Anastácia - A Mulher sem Destino, A Sombra de Rebeca e A Rainha Louca
Curiosidades
Estão incluídas as telenovelas da TV Globo, de 1965 a 1967, que a TV Paulista exibiu. A partir de fevereiro de 1968, a TV Paulista passava a se chamar TV Globo de São Paulo. Apesar da emissora ter sido comprada em 1964, somente em 1967 Roberto Marinho conseguiu a concessão do canal, e assim, no início de 1968, alterou o seu nome, e pela mesma razão, o programa Zás Trás também está incluído.
Controvérsias
Em meados da década de 1960 o empresário Roberto Marinho adquire a TV Paulista, que estava decadente após a morte de Victor Costa, com programas saindo do ar, falta de investimentos e perda de profissionais. Os herdeiros da Família Ortiz Monteiro ainda tentam reverter judicialmente essa venda, tendo em vista que a transferência da emissora para as Organizações Victor Costa nunca foi regularizada - ou seja, Victor Costa Junior vendeu a Roberto Marinho algo que não era legalmente seu. Ademais, os 673 acionistas minoritários, que juntos detinham 48% do capital da empresa, foram lesados - Marinho se apropriou de suas ações de modo irregular em 1975, declarando-os "mortos" ou "desaparecidos" no recadastramento societário. Com a autorização do Dentel, órgão do Ministério das Comunicações, houve o confisco das ações sob a forma de subscrição por valor unitário de Cr$1,00 (um cruzeiro) por ação, transferidas para o nome de Roberto Marinho, em Assembleia Geral Extraordinária presidida por ele próprio, o que fez de Marinho o único proprietário da estação.
Outro caso misterioso, foi o incêndio ocorrido na antiga sede da TV Paulista. Suspeita-se que o incêndio seria criminoso, com a intenção de receber o seguro, que seria usado para a expansão da emissora.
Na década de 90, após a morte de Oswaldo Ortiz Monteiro, a sua família começou a investigar a fraude na compra da emissora. Uma perícia feita em 2003, descobriu que as assinaturas do contrato foram falsificadas e incluíram desde nomes de pessoas falecidas antes da transferência até o uso de máquinas de escrever que ainda não existiam na época da suposta transferência. No dia 24 de agosto de 2010, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considera válida a compra da TV Paulista por Roberto Marinho.A família Ortiz entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda aguarda julgamento.
Canal 5 VHF de São Paulo
1952 — 1966 Sucedido por
TV Globo São Paulo
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